Não há nada que detenha o poder do amor. A frase pode parecer piegas, mas a realidade dos motéis brasileiros validam a sentença. Durante a pandemia, ao contrário de muitos setores, o setor de motéis registrou um forte crescimento, segundo um levantamento da Nova Vida TI, empresa especializada na organização de grandes volumes de dados. As informações são do site Uol.
A Nova Vida TI verificou que, desde 2019, 558 estabelecimentos foram inaugurados no Brasil, enquanto 76 fecharam as portas. Desse total, 56% estão concentrados em regiões metropolitanas, que abrigam 62% dos novos estabelecimentos inaugurados na pandemia. Minas Gerais (6,9%), São Paulo (5,2%) e Pernambuco (5,2%) foram os estados que apresentaram crescimento no segmento.
O Rio de Janeiro, por sua vez, é o campeão de longevidade no setor de motéis, com 20,83%, dos 22 estabelecimentos que funcionam diariamente há mais de 50 anos. O mais antigo deles está em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense – o Hotel Bar e Restaurante Posto Treze, fundado em 16 de setembro de 1966. Já Belo Horizonte (MG), abriga 16,67% de tais estabelecimentos. Entre os 10 motéis mais antigos do Brasil, Rio de Janeiro e Minas Gerais contam com 9 unidades: 5 cariocas e fluminenses e 4 mineiras. A outra fica em Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe.O co-fundador da Nova Vida TI, Felipe Caldas, ficou surpreso com o número de mulheres à frente do negócio. Dos 4.733 motéis ativos, 58% deles têm mulheres em sua estrutura societária. A presença feminina na administração dos motéis aumenta de acordo com o avanço da idade dos sócios. Segundo o levantamento, a maioria absoluta dos donos de motéis estão acima dos 41 anos, faixa etária na qual as mulheres dominam as ações. Entre os proprietários, entre 31 e 40 anos, o percentual sobe para 14%, sendo 8% de mulheres na composição societária e 6% de homens. Os sócios de motéis com menos de 30 anos, representam apenas 4% desse universo, sendo que a divisão por gênero é igual.
Segundo o levantamento, 26% dos donos de motéis estão entre 41 e 50 anos, com a proporção de duas mulheres para cada homem. Acima dos 51 anos, estão os administradores de 57% dos unidades no Brasil, sendo 33% mulheres e 24% homens.
Um dos motivos para a presença de tantas mulheres à frente da administração de tais estabelecimentos é que a maioria dos proprietários pertence à geração baby boomer, onde as mulheres têm maior participação
Nossa conclusão é que a maioria dos motéis tem os sócios acima dos 51 anos, da geração baby boomer. E é justamente aí que as mulheres têm maior participação. Vale ressaltar ainda que 71% dos motéis brasileiros estão situados em locais de baixa ou baixíssima vulnerabilidade. E nesta análise específica, as mulheres também sobressaem, sendo 41% delas sócias, contra 30% de homens”, concluiu o executivo.
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